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O medo do desconhecido

O ser humano tem a tendência à temer tudo aquilo que é novo em seu cotidiano, a grande maioria das pessoas apresentam dificuldades em aceitar mudanças. As mudanças causam resistência porque "o desconhecido" assusta, nos percebemos sem o controle e isto pode acabar em evitação.

Em muitos casos, por instinto de preservação preferimos deixar as coisas como estão, ainda que estejam muito ruins, (mais é um ruim conhecido) do que assumirmos a responsabilidade pela modificação e uma potencial colheita de coisas boas; como não temos a garantia de que isto ocorrerá, preferimos ficar no ruim seguro.
Se formos analisar experiências antigas, ou nem tanto, poderemos identificar vários momentos de insegurança diante do desconhecido, por exemplo, quando surgiram os computadores, as pessoas tinham medo de quebrar, e muitas só se renderam a esta brilhante tecnologia quando começaram a se sentir desatualizadas e ameaçadas de perder o emprego caso não se atualizassem.
A mesma coisa acontece quando se inicia uma nova profissão, a inexperiência, a insegurança faz temer o imprevisível. Não ter o domínio dos acontecimentos provoca o sentimento de insegurança, novamente o desconhecido intimida, assusta, o medo de errar é eminente impedindo por vezes que o ser humano se arrisque em novas experiências.
A situação geralmente é clássica, só de pensar em dirigir dá um friozinho na barriga, todo tipo de pensamento catastrófico passa pela cabeça, as pernas tremem e, consequentemente ocorre a desistência.Como estes sentimentos são extremamente aversivos, a pessoa não se sente em condições de enfrentar seu medo e a evitação da situação vai tornando o problema cada vez maior.
É por isso que, muitas vezes, apenas fazer aulas práticas para pessoas ja habilitadas não resolve o problema, a pessoa se sente segura apenas na presença do instrutor, mas não é capaz de ter o mesmo desempenho sozinha. Nestes casos, é preciso acessar o que vem antes da prática - os pensamentos, por isto a necessidade de engajar-se em um processo terapêutico para descobrir as razões deste medo e desenvolver habilidades de enfrentamento, juntamente com atividades práticas o medo tende a ser superado.


Medo ou fobia?

O medo é algo comum em nossas vidas, quem ja não o sentiu em algum momento?
Medo é uma emoção natural do ser humano, uma reação de autopreservação, ele existe para nos impedir de, por exemplo, atravessar a rua sem olhar ou enfrentar um ladrão armado, o medo não deve ser combatido ou eliminado, pois é importante para nossa sobrevivência.É uma espécie de sinalizador contra os perigos reais.
Já a fobia, é semelhante ao medo, mas nela existe um nível de ansiedade que interfere na vida cotidiana da pessoa. É um medo acentuado, excessivo, fora de controle, que gera um comprometimento significativo na rotina diária do indivíduo, seja na vida pessoal (colocar os filhos em perua escolar, quando tem à disposição um carro na garagem); na vida ocupacional (recusar uma promoção de trabalho ou até mesmo  trocar de emprego, porque para isso precisaria dirigir pois o novo cargo exige ou trata-se de um local mais longe); ou na vida social (privar-se de sair porque chegará tarde e terá que depender de um transporte público ou da disponibilidade de amigos e familiares para levá-la para casa); ou ainda se há um sofrimento acentuado por ter este medo, a pessoa se lamenta, tem consciência do transtorno acarretado à sua vida por não dirigir e mesmo assim não consegue superar este medo, acarretando um estilo de vida restrito. O fóbico reconhece que seu medo é excessivo, mas não consegue controlá-lo.


O que é uma fobia específica?

De acordo com o DSM - IV fobia especifica trata-se de uma ansiedade clinicamente significativa provocada pela exposição a um objeto ou situação específicos e temidos, frequentemente levando ao comportamento de esquiva. Trata-se de um temor incapacitante,irracional, as vezes, é inexplicável e exagerado, fazendo com que o indivíduo evite determinadas situações ou objetos.
O termo fobia específica, como o próprio nome deixa claro, é algo vinculado a um único temor, podendo ser de sangue, animais, altura, ambientes fechados, avião, elevador, etc.
Neste espaço iremos nos referir ao medo excessivo de dirigir, que é classificado como uma fobia específica, pois ocorre um medo acentuado e persistente, originando uma ansiedade imediata na eminência de dirigir. Este medo geralmente de proporções gigantescas, por isto justifica-se o termo fobia, pode acabar por originar situações de verdadeiro pânico só do indivíduo pensar em assumir a direção de um veículo.
Geralmente as pessoas reconhecem a irracionalidade do seu medo, tentam resolver a situação sozinhas, mas apesar dos esforços não conseguem reagir de forma satisfatória, originando sofrimento e sentimentos de incapacidade e inferioridade.
O foco no medo de dirigir pode estar ligado a preocupação em envolver-se em acidentes, perder o controle do carro, machucar a si ou a terceiros, ser avaliado negativamente por figuras importantes, como pai, marido, etc; pode ser ainda resultado de traumas por envolvimento, direto ou indireto, em acidentes ou situações vexatórias anteriores, etc.
A ansiedade é sentida quase sempre imediatamente ao confronto com o estímulo fóbico, neste caso, a possibilidade de dirigir, diante disto, a pessoa tende a fugir do enfrentamento, procurando desculpas para não fazê-lo e quando tenta a situação é tão aversiva e ansiógina, que quanto mais ela insiste mais nervosa e estressada fica, resultando em uma sequência de erros, que a deixam ainda mais nervosa e isto gera um círculo vicioso sem fim.
Neste caso, a pessoa torna-se cada vez mais insegura, questiona-se quanto a sua capacidade, sendo necessário a intervenção de especialistas para a reestruturação cognitiva dos pensamentos, denominados automáticos negativos, que fazem com que a pessoa sinta-se incapaz de enfrentar aquela situação ou outras que poderão decorrer do ato de dirigir.

Por Eliana Alves Lima - Psicóloga

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